
É impossível falar de redes sociais sem mencionar os algoritmos, os alcances e todas as “regras invisíveis” que parecem ditar o nosso sucesso ou fracasso no Instagram. Publicamos algo com todo o coração e, às vezes, a reação é… nada. Nenhum like, nenhum comentário, um silêncio ensurdecedor. Outras vezes, forçamos uma comunicação porque “é isso que funciona” – e o resultado é um cansaço profundo, um desgaste que parece arrancar pedaços daquilo que somos.
Hoje, quero falar sobre isso. Sobre o que acontece quando nos desalinhamos do que é orgânico para nós. E sobre o que pode mudar quando decidimos ser fiéis a nós mesmos, acreditando que, eventualmente, o universo nos ajudará a atrair quem realmente queremos servir.
A Ditadura do Algoritmo
Os algoritmos estão sempre a mudar. O que resulta hoje, amanhã pode deixar de funcionar. Um dia, o Instagram diz que o vídeo é rei; no outro, volta a priorizar as fotos. E lá vamos nós, a correr atrás, a adaptar-nos, a tentar acertar na próxima fórmula mágica para “enganar o algoritmo”.
Mas, enquanto estamos ocupados a jogar este jogo interminável, será que nos perguntamos: “Isto faz sentido para mim? Estou a comunicar de uma forma que reflete quem eu sou?”
Porque o algoritmo não tem emoção. Não sabe quem tu és, o que amas ou porquê crias. E, se não tivermos cuidado, começamos a trabalhar para ele, em vez de usá-lo como uma ferramenta para partilhar o que é realmente importante para nós.
O Burnout da Comunicação Forçada
Quando tentamos adaptar-nos a algo que não tem nada a ver connosco, o desgaste chega rapidamente. É o que acontece quando:
• Forçamos um estilo de comunicação que não reflete a nossa essência.
• Produzimos conteúdos só porque “é o que está a dar”, mesmo que não tenhamos conexão com eles.
• Gastamos horas a criar vídeos, reels ou posts, na esperança de viralizar, e sentimos que o nosso esforço não foi valorizado.
Esse desalinhamento, essa tentativa de nos encaixarmos num molde que não é nosso, não só nos cansa como também afasta quem realmente gostaríamos de atrair.
Sermos Fiéis a Nós Mesmos
Agora vou fazer-te uma pergunta: Como seria a tua comunicação se não estivesses preocupado com o algoritmo?
• O que dirias?
• O que partilharias?
• Como mostrarias o teu trabalho?
Se a tua resposta for algo completamente diferente do que estás a fazer agora, talvez seja hora de repensar. Porque a verdade é que, quando forçamos algo que não é orgânico para nós, o público sente. A comunicação perde autenticidade. E, em vez de atrairmos quem queremos servir, acabamos por atrair quem não ressoa connosco – ou pior, por não atrair ninguém.
Confia no Universo (e em Ti)
Eu acredito profundamente nisto: se fores fiel a ti mesmo e transmitires isso na tua comunicação, o universo acabará por te ajudar a atrair as pessoas certas.
Sim, pode demorar. Sim, pode parecer que os números não sobem tão depressa como esperavas. Mas, em troca, vais construir algo muito mais valioso:
• Um público que se conecta com a tua mensagem.
• Clientes que entendem e valorizam o que fazes.
• Uma comunicação que te dá energia, em vez de a consumir.
Estar alinhado com quem tu és e com a forma como comunicas é o primeiro passo para criar uma marca que não só é autêntica, mas que também cresce de forma sustentável – sem desgastes, sem burnout, sem jogos de algoritmo.
Como Alinhar a Tua Comunicação Com Quem Tu És
1. Sabe Quem És e Quem Queres Servir
Antes de criar qualquer conteúdo, pergunta-te: “Para quem estou a fazer isto? Como quero que estas pessoas me vejam?”
2. Comunica de Forma Natural
Se não gostas de reels, não faças reels. Se preferes partilhar textos longos em vez de legendas curtas, fá-lo. A tua comunicação deve ser um reflexo de ti, não uma tentativa de te encaixares num molde.
3. Aceita Que Nem Sempre Vais Viralizar
E está tudo bem. O objetivo não é chegar a toda a gente – é chegar às pessoas certas.
4. Confia no Processo
Construir algo com propósito leva tempo. Mas, quando estás alinhado com quem és, cada passo vale a pena.
Respeita o Teu Ritmo e Ousa Ser Tu Mesmo
No final, os algoritmos vão continuar a mudar, e o alcance vai subir e descer como uma montanha-russa. Mas o que realmente importa é o que estás a construir a longo prazo: uma marca autêntica, uma comunicação que reflete quem és, e uma comunidade que valoriza o que fazes.
Por isso, respira fundo. Pensa no que queres transmitir. E acredita: se fores fiel a ti mesmo, as pessoas certas vão encontrar-te – e o universo vai dar-te aquele empurrãozinho extra que precisas.
Este tema é difícil de tomar uma só posição: no meu caso, se o que fazia até antes de entrar na plataforma era o meu mais natural e sem pressões? Sim era. Mas agora que questões foram levantadas, e que antes me passavam ao lado, fazem me questionar: ok, podia ser natural, mas era o mais certo? Este processo de mudança está a ser altamente desafiador para mim, porque sou uma pessoa que gosta pouco de se expôr, mas também acho que devo dar-me a oportunidade de me descobrir, abrir horizontes e verificar valências que antes desconhecia. E isto eu estou a ver como valorização e investimento em mim, mesmo com toda a inconstância destes processos e da nossa condição…