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Feiras Pagas vs. Feiras Gratuitas — O que deves mesmo considerar?

Uma das dúvidas mais comuns entre artesãos — sobretudo quem está a começar — é: vale a pena pagar para participar numa feira? Ou será melhor optar pelas feiras gratuitas?


A verdade é que não há resposta certa. Há sim prós e contras em cada uma… e o ideal é fazer escolhas conscientes, de acordo com os teus objetivos, experiência e tipo de produto.


Vamos então ao que interessa?


🎪 Feiras Pagas: os Prós


Maior organização Normalmente, os organizadores investem mais na logística, na divulgação, na decoração e na qualidade geral do evento. Há regras, horários, apoio técnico — e isso cria confiança.


Público mais qualificado Se for uma feira com curadoria, é mais provável atrair um público que valoriza o que está a ver. E que está disposto a pagar por peças únicas e feitas à mão.


Valorização do teu trabalho Quando o evento é bem posicionado e pago, há mais probabilidade de estares entre colegas que também tratam o artesanato como negócio — o que eleva o nível e a perceção do público.


Oportunidade de retorno financeiro real Pagaste para estar lá, logo vais com outra mentalidade: mais preparado, mais focado e com maior compromisso. Isto costuma traduzir-se em melhores resultados.


🤔 Feiras Pagas: os Contras


Custo inicial Pode ser arriscado se ainda não sabes se o teu produto tem aceitação. E se o custo for elevado, precisas de fazer bem as contas: vais conseguir cobrir esse valor com as vendas?


Pressão extra Podes sentir-te mais ansioso ou frustrado se o retorno financeiro não vier. É natural. Mas é importante não avaliar uma feira apenas pelas vendas de um dia.


🌿 Feiras Gratuitas: os Prós


Sem risco financeiro direto Ótimo para quem está a começar e quer testar o produto, ganhar experiência, ou perceber como funciona a dinâmica de uma feira.


Espaço de aprendizagem Tens a possibilidade de treinar discurso, observar o comportamento dos clientes, testar preços e ajustar estratégias.


Pode compensar se houver bom público Existem feiras gratuitas organizadas por juntas de freguesia, municípios ou coletivos locais que, apesar de gratuitas, atraem um bom público. Nessas, pode valer muito a pena.


⚠️ Feiras Gratuitas: os Contras


Menor controlo e qualidade Por vezes não há curadoria, estrutura ou divulgação. Isso pode fazer com que estejas ao lado de produtos industrializados, revenda ou até “tralha”, o que desvaloriza o teu trabalho.


Concorrência desleal Se partilhares espaço com quem vende barato ou sem critérios, o público não vai perceber a diferença entre o teu produto artesanal e o “feito em série”.


Pouco retorno real Vais com boa vontade, levas o dia todo, mas acabas por não vender — ou vender muito pouco. Isso pode ser desmotivador, sobretudo se estiveres à espera de retorno financeiro imediato.


🧠 Então… como decidir?


Conhece o teu produto Está ajustado ao público de feira? Já tens um posicionamento claro e um preço justo?


Informa-te sobre a feira Quem organiza? Que tipo de público costuma ir? Como é a divulgação? Pede feedback a outros artesãos.


Faz testes e regista resultados Participa em diferentes tipos de feiras, mas tira notas. Quanto vendeste? Que tipo de cliente te procurou? Como te sentiste naquele ambiente?


Vê para além das vendas Algumas feiras não são muito boas para vender… mas podem gerar contactos, encomendas futuras ou parcerias. Outras vendem bem no dia, mas não deixam rasto.


Pensa a médio prazo A feira certa, repetida com consistência, pode tornar-se uma fonte sólida de rendimento. Mas isso só acontece com tempo, observação e estratégia.


💬 Conclusão:


Não há uma feira perfeita. Mas há a feira certa para ti — no momento certo do teu negócio. Começa onde te sentires mais seguro, mas vai sempre observando, ajustando e evoluindo.


Agora diz-me: qual foi a tua melhor (ou pior) experiência em feiras? Já tiveste alguma surpresa — boa ou má — numa feira gratuita ou paga?

 
 
 

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