
O cliente e as comparações: porque é que ele compra a mim… e não ao artesão do lado?
- Lara Moita
- 6 de jun.
- 2 min de leitura
Esta é uma pergunta que já passou pela cabeça de quase todos os artesãos:
“Porque é que ele comprou ao artesão da banca ao lado e não a mim?”
Ou, ao contrário: “Porque é que escolheu o meu trabalho, se havia tantos semelhantes à volta?”
A resposta pode doer — mas também pode abrir portas importantes para fazer diferente (e melhor).
Vamos por partes.
⸻
A comparação é inevitável. E o cliente faz isso o tempo todo.
Não é maldade.
Não é falta de sensibilidade.
É comportamento humano.
É o cérebro a tentar decidir onde vai investir o seu dinheiro, tempo e atenção.
E nessa decisão, ele vai avaliar várias coisas:
• O que o produto lhe transmite.
• O preço.
• A utilidade.
• A estética.
• A originalidade.
• A confiança que sente em ti.
• E, muitas vezes, o quão bem tu comunicaste tudo isso.
⸻
O cliente não compra só o produto. Compra a experiência.
Ele compra:
• O que a peça representa.
• O que sentiu quando a viu.
• O que leu na legenda.
• A conversa que teve contigo.
• A forma como o trataste.
• A forma como contaste a história da peça.
• A embalagem. O sorriso. A segurança.
O cliente compra tudo isso. E só depois compra o produto.
Se tu só mostras o produto — sem presença, sem mensagem, sem ligação — então o que estás a vender é só mais uma coisa igual a tantas outras.
E aí… ele vai comparar por preço. E normalmente, vais perder.
⸻
Então porque é que ele compra a ti?
Porque algo se destacou.
Porque criaste ligação.
Porque viste a pessoa antes de pensares na venda.
Porque havia coerência entre o que mostraste e o que disseste.
Porque sentiu que contigo, não estava a comprar uma peça qualquer — estava a viver uma experiência.
⸻
E porque é que ele compra ao lado e não a ti?
Às vezes é pelo preço.
Mas muitas vezes… é porque tu não comunicaste.
Não te mostraste. Não deste contexto.
Não disseste porque aquela peça era especial.
Ou porque aquela peça seria a solução perfeita para o que ele procurava.
E lembra-te: ninguém adivinha.
Se tu não dizes… ele não sabe.
⸻
Conclusão?
O cliente está sempre a comparar.
Mas a comparação não é o problema.
O problema é tu não estares a dar-lhe nada que te diferencie.
Quem se mostra igual, entra na guerra do preço.
Quem se mostra único, entra no coração do cliente.
Então a pergunta não é “porque é que ele não me escolheu?”
É: O que é que eu mostrei para que ele me escolhesse?
Ou o que é que eu não mostrei, que o fez escolher o lado?
Fica com isto.
E começa hoje a mostrar mais do que o produto — mostra o que só tu tens para oferecer.
Estamos cá para te ajudar a encontrar (e comunicar) esse diferencial.
Porque não é só sobre vender — é sobre ser lembrado.
Comments