Pode-se ensinar muita coisa. Mas o espírito empreendedor… ensina-se?

Nos últimos tempos, esta pergunta tem-me rondado a cabeça.

Tenho refletido muito sobre isto, nas formações, nas conversas com artesãos, nos momentos em que sinto que já expliquei tudo — e mesmo assim, nada muda.

Pode-se ensinar a precificar, a comunicar, a organizar.

Pode-se dar ferramentas, exemplos, guias, passo a passo.

Mas o tal espírito empreendedor… esse, nasce ou constrói-se?

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O que é, afinal, o espírito empreendedor?

É aquela chama.

A inquietação que faz quem empreende levantar-se todos os dias e tentar outra vez.

É observar o mundo com olhos de oportunidade.

É resistir ao “não dá”, ao “sempre foi assim”, ao “ninguém compra”.

É adaptar-se, arriscar, testar, recomeçar.

E, sobretudo, é assumir responsabilidade.

Responsabilidade pelo próprio negócio. Pelas escolhas. Pelo sucesso e pelo fracasso.

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E então? Pode-se ensinar isso?

Não sei.

E esta é a resposta mais honesta que consigo dar-te.

Posso inspirar.

Posso mostrar caminhos.

Posso partilhar estratégias, ferramentas, experiências reais.

Posso puxar, sacudir, até dar raspanetes (quem já levou sabe).

Mas se não houver vontade de aprender, de mexer, de sair da zona de conforto…

Nada acontece.

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Empreender não é para todos — e está tudo bem.

Nem todos têm de transformar o seu artesanato num negócio.

Nem todos têm de querer crescer, escalar, fazer disto uma fonte de rendimento.

Mas quem quer, precisa de saber:

Vai dar trabalho. Vai exigir visão, autonomia e coragem.

E isso não cabe todo num curso.

Não está num vídeo nem num PDF.

Isso vem de dentro.

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Mas há uma boa notícia.

Se o espírito empreendedor não se ensina…

pode-se despertar.

Pode nascer do exemplo de outros.

Pode crescer num ambiente onde há apoio, verdade e partilha.

Pode ganhar força num grupo que acredita em ti até quando tu próprio não acreditas.

E é por isso que a Plataforma existe.

Para te dar as ferramentas, sim. Mas, acima de tudo, para alimentar essa chama.

Para que, dia após dia, escolhas acendê-la tu.

E tu, acreditas que tens esse espírito dentro de ti?

Estás disposto a alimentá-lo?

Se a resposta for sim — estamos cá para caminhar contigo.